segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011




Humor Negro

O humor negro é um subgênero do humor que utiliza situações consideradas por muitos como de mau gosto ou politicamente incorretas, usualmente de natureza mórbida, para fazer rir ou divertir o público menos susceptível. Entre os temas retratados pelo humor negro estão a morte, o suicídio, o racial (geralmente abordando etnias excessivamente vitimizadas pelo status quo por algum evento histórico que façam os outros grupos ve-los como supostas "vítimas" implicitamente, a exemplo dos judeus/holocausto; o próprio judeu Borat faz esse tipo de humor ácido anti-semitico; na série Todo mundo odeia o Chris, um humorista negro relata a sua infancia e tambem "zoa" alguns elementos da cultura afro-americana a exemplo do "frango frito" e outros simbolismos afro-sulistas rurais que migraram pro norte urbano e se perpetuaram como elemento da cultura periférica dos subúrbios não-Wasp´s), as doenças, a orientação sexual (curiosamente o mesmo Borat após abandonar seu antigo personagem judeu anti-semitico adotou um personagem gay polemico, e possivelmente o seu proximo personagem terá uma blackface para a tríade ficar completa) e a violência, dentre outros.


 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

" Eu sei que Deus não me daria um problema que eu não pudesse administrar, mas eu só gostaria que ele não confiasse tanto em mim."

De onde vem o preconceito?

Por que pessoas se odeiam? Nos debates sobre preconceito, aparecem muitas teorias relacionando ódio a conflitos entre classes e grupos sociais. As teorias que tratam das motivações individuais para a ocorrência de ódio são muito menos debatidas ou levadas em conta. Se debatêssemos essas teorias “individualistas” de ódio poderíamos, a luz delas, discutir políticas para reduzir o preconceito entre diferentes grupos.


Uma primeira teoria individualista do preconceito diz que o ódio é simplesmente um desgosto de uma pessoa por outra. Ou seja, essa teoria (que, apesar de ser a mais simples que se pode enunciar, tem conclusões profundas) afirma que preconceito contra negros é resultado de brancos que têm desgosto inato por negros. Em casos de mercado de trabalho, isso implicaria que brancos preconceituosos prefeririam contratar um branco a um negro igualmente produtivo. Conseqüentemente, o salário dos negros seria menor do que o dos brancos.

Entretanto, um branco sem preconceito (vamos chamá-lo de “profissional”) estaria indiferente entre contratar qualquer um dos dois. O “profissional”, nessa situação, se aproveitaria do salário mais baixo dos negros, os contrataria e assim, produziria de forma mais eficiente que o branco preconceituoso. Com isso, o “profissional” conseguiria roubar o mercado do preconceituoso. Essa lógica tem alguma confirmação empírica. Levine, Levkov e Rubinstein (2008) mostram que choques de aumento de competitividade no setor bancário reduziram, para os empregados no setor, a diferença de salários entre negros e brancos numa magnitude de 20-30%. Assim como no caso do mercado de trabalho, pode-se construir raciocínios semelhantes para outras relações sociais, sem alterar a conclusão principal dessa teoria: desde que haja gente o suficiente sem preconceito, não haverá preconceito algum nas relações sociais.


A teoria, porém, deixa de explicar diversos “fatos estilizados” da ocorrência de preconceito. A começar, essa teoria não explica o porquê de grandes massas terem “preconceitos coletivos” contra um outro grupo (vide mulçumanos e americanos, alemães contra judeus, ciganos e homossexuais na época da Alemanha nazista e brancos do sul americano contra negros). Ainda mais, essa teoria diria que, desde que haja um número suficientemente grande de pessoas “iluminadas”, não haverá preconceito algum nas relações sociais. Claramente, existem evidências de ocorrência de preconceito na decisão de moradia (vide toda a literatura de sorting), em relações de fundos de investimento com empresas listadas em bolsa, em contratações em pequenas empresas, entre outros.


Um fator que deve ser adicionado à teoria acima é que preconceito se forma via “consenso” social. Com isso, não quero dizer que grupos se odeiem por conflitos de classes/etnias. Quero dizer que, em face de falta de informação sobre o mundo, o melhor que muitos indivíduos podem fazer é simplesmente seguir o que os outros fazem, como explicado em Banerjee (1992). Ou seja, desde que haja convívio moderadamente segregado entre pessoas de raças diferentes, não é difícil vislumbrar o ódio de um por negros rapidamente sendo adotado pelo grupo. Essa teoria explica porque é comum ver pessoas que, de antemão, dizem que nunca agiriam com preconceito, porém, na hora da prática, discriminam contra um certo grupo (ocorrências registradas em Arrow (1998)). Ainda mais, esse fator explica porque existe o “preconceito coletivo”, e porque os “iluminados” não têm tanto efeito sobre o fim do preconceito.




Com isso, entende-se que preconceito é muito mais o resultado de falta de informação, e que o “desgosto” aparece em decorrência da falta de informação. Assim sendo, é muito mais natural defender limitação aos preconceitos que considerá-los normais. Como fazer isso, porém, é uma questão muito mais complicada.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Gostaria de ser uma águia ousada, determinada e de certa forma corajosa, que tenha principalmente visão. Que não se limite aos comandos de seu bando e sim que seja comandada por suas emoções e sonhos nunca se esquecendo de sua razão. Que o seu vôo não se limite apenas ao simplório objetivo de alcançar seu mero alimento cotidiano e sim que revestida de coragem, tente ousar e melhorar suas formas de vôos não se abatendo pelo forte vento.






Que busque sempre ultrapassar seus limites e voar mais alto, não deixando o medo e a rejeição de seu bando impedir de subir e conhecer novos ares e horizontes. Que use suas asas para encontrar a liberdade e o local onde as outras águias esconderam seus sonhos e objetivos. Que mostre que as conquistas só acontecem de acordo com a altura e o esforço que se aplica ao vôo. Uma águia que não se acomoda apenas com o oferecido e ensinado, assim não deixando seu pessimismo e medo a fazer desistir.





Uma águia que mesmo sendo considerada louca ou ferida pelo medo ou por opiniões alheias, tenha resistência e não perca a visão nem os seus sonhos, mesmo que tudo aparente dar errado. Que saiba, acredite e tente repassar que para conquistar é necessário voar.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dentro de meu peito mora um Anjo,
Que sonha em retornar ao paraíso...
É ele quem controla meu juízo,
Quem afina as cordas de meu banjo.


Dentro de mim luta um Cruzado,
Empunhando uma espada e um escudo.
Para ele, sua guerra santa é tudo,
E não hesita em matar pelo que é sagrado.


Em minha alma habita uma Criança,
Sentada no chão, a chorar por carinho.
Um cafuné, um afago, um beijinho,
São suficientes para alegrar sua infância.


Enjaulado em meu coração mora um Tigre feroz,
Pronto a despedaçar alguém com suas garras...
Temo não conseguir detê-lo mais sob as amarras,
Temo não conseguir mais calar sua voz...


E, regendo esta pantomima, como um maestro louco,
Está o Poeta... Suporta sobre seus ombros o fardo,
A insana maldição de ser um Bardo,
A sadocracia de viver e sofrer por tão pouco.


É ele quem mantém (não sei por que ainda resiste),
O Anjo nas masmorras, o Cruzado acorrentado,
A Criança a sorrir, o Tigre enjaulado,
Parindo, com sua lira, as notas mais tristes.